Da Ásia

Para superar crise de abastecimento Rodofort traz pneus da Índia

Fabricante paulista busca parceiros internacionais para manter as entregas aos clientes domésticos

10/05/2021 18h48
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A Rodofort está trazendo pneus da Índia para equipar seus semirreboques. A iniciativa é a resposta da empresa para enfrentar a crise de abastecimento de componentes que afeta a indústria de implementos rodoviários no Brasil.

“Nesse momento de escassez é preciso conhecer bem o mercado internacional para saber aonde buscar a melhor solução”, diz Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort, que completa: “nosso departamento de compras mantém-se atualizado sobre a indústria mundial”.

Em maio chegou o primeiro lote de pneus para equipar os produtos que estavam no pátio aguardando a entrega final ao cliente. Para julho a Rodofort já adquiriu quatro contêineres com 1,5 mil pneus no total. Em 2020 a empresa tentou fazer a importação direta mas as taxas tornaram a operação inviável.

A importação deste ano está sendo feita com tradings especializadas em comércio internacional. “Não teremos produtos customizados por causa da falta de componentes, mas sim opções para que eles não parem de transportar cargas”, afirma o executivo.

A pandemia tem afetado toda a cadeia de fornecedores de componentes o que tem levado a escassez e atrasos na entrega de produtos. O diretor da Rodofort lembra que implemento rodoviário é bem de capital e por isso parte integrante dos negócios de uma empresa. “Sem implemento o transportador não trabalha e por isso é preciso buscar soluções para manter o fornecimento aos clientes”, afirma.

A opção de buscar no mercado externo se deve a alguns fatores, segundo o executivo. “Há fabricantes inseridos em países com o clima semelhante ao nosso, como a Índia, e os pneus produzidos nesses locais tendem a sofrer um processo similar de desgaste aos fabricados no Brasil”, diz.

Outro ponto importante é que a qualidade dos pneus importados melhorou muito ao longo dos últimos anos.

Outras opções de fornecedores são os fabricantes localizados na China e no Vietnam. “No mundo globalizado ninguém fabrica nada exclusivo para o mercado doméstico. É preciso ter produto adequado para ganhar o mercado externo”, assinala Alves.

Com isso, na prática, a Rodofort desenvolve novos fornecedores, que poderão se tornar mais conhecidos e respeitados no mercado brasileiro, tornando-se opções constantes, mesmo com o mercado equacionado; além de manter o atendimento aos seus clientes nesse momento.

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