EDITORIAL

Por que um elétrico sinaliza para a construção de um novo tempo?

Veículos elétricos não poluem e transformam o mundo em um lugar melhor para se viver. Hoje, o transporte rodoviário, em principal, é o maior propagador de poluentes: responsável por mais de 25% de toda emissão de CO2.

Romulo Felippe

Romulo FelippeRomulo Felippe é diretor de redação da Revista Caminhões. Envie sua sugestão: romulo@editoraviver.com.br

30/07/2021 07h23Atualizado há 3 anos
Por: Romulo Felippe

  

Muitas vezes a História salta diante nossos olhos e nós mal a observamos. Suas nuances mais imponentes gritam próximas aos nossos ouvidos. E não as escutamos. Pois bem. Em princípios de julho segui para São Paulo para, dentro dos rigorosos protocolos pandêmicos, conhecer de perto o e-Delivery – o caminhão elétrico da Volkswagen nascido e concebido no Brasil.

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Fiquei diante a História, atento à revolução que meus olhos enxergavam, perante uma importante página histórica do transporte rodoviário de cargas. Há uma revolução em curso, o princípio de um novo tempo não apenas para o setor, mas a nível global. Afinal, o homem precisa lutar por um mundo livre de emissões para que a Terra acolha de forma saudável as próximas gerações.

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Veículos elétricos não poluem e transformam o mundo em um lugar melhor para se viver. Hoje, o transporte rodoviário, em principal, é o maior propagador de poluentes: responsável por mais de 25% de toda emissão de CO2. E cresce a taxas assombrosas. Se desejamos salvar o planeta é tempo de agirmos. No Brasil, a Volks dá esse grande passo, vindo com ela grandes empresas como a Ambev, que já adquiriu 1,6 mil e-Delivery.

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É certo que outras montadoras sediadas no Brasil estão também se movimentando e, embora a Volkswagen Caminhões e Ônibus tenha saído na frente, registrando seu pioneirismo na História, outras grandes marcas trabalham pelo mesmo fim. Por exemplo, nesta mesma edição você conhecerá mais detalhes do e-Actros – o bruto da Mercedes-Benz que teve estreia global (mas ainda sem previsão para chegar ao Brasil).

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Claro que, quando analisado, os caminhões elétricos são bem mais caros. Até três vezes mais que a versão a diesel. Porém, fato é que modelos como e-Delivery se pagam com o tempo e, mais ainda, passam a dar lucro financeiro. O lucro maior, há de se dizer, vai além: em primeiro, o legado ecológico para o mundo; e, em segundo, a credibilidade que a empresa soma à sua marca aos adicionar caminhões elétricos em sua logística diária.

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Temos muito a crescer? Sem dúvidas. É apenas o primeiro passo. Há outras opções, como as versões a gás natural da Scania, por exemplo, já em ação no Brasil. No entanto, ainda há muito por vir. Mas toda grande caminhada, como sabemos de cor, carece de um primeiro passo. E ele foi dado, tão imponente quanto a pisada de Neil Alden Armstrong – o primeiro homem a pisar na lua, isso em 1969. Que venham mais e mais caminhões silenciosos e livres de emissões!!!

 

 

...lembrando que ações diárias nas transportadoras – como treinamento de motoristas e reciclagem desses profissionais, além de severa manutenção e renovação da frota, entre outros – colaboram na redução do diesel (e de seus elevados custos) e, por tabela, em menor índice de emissão de CO2. Nossos frotistas, diga-se, estão atentos a isso como nunca. Seja pela contenção de custos, seja por um ar mais puro... 

 

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