Implementos

Rodofort e Guerra passarão a atuar juntas no mercado pesado

LIH, empresa do grupo da qual a Rodofort faz parte, arremata massa falida em leilão da fabricante gaúcha e empresas vão atuar de forma complementar

07/04/2021 08h52
Por:
Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort
Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort

A Rodofort passará a operar de forma conjunta com a Guerra, após o leilão da massa falida da empresa de implementos de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, ser vencido pela LIH, que integra o grupo I.Riedi, com forte presença no agronegócio.

“Essa aquisição responde a nossa estratégia de expansão no mercado de implementos rodoviários que no momento atual tem forte demanda por produtos”, diz Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort, e completa: “as duas marcas vão atuar de forma complementar no segmento pesado”.

Para retomar a produção na fábrica da Guerra, localizada em Caxias do Sul, o grupo deve investir aproximadamente R$ 10 milhões, além dos R$ 90 milhões oferecidos no lance vendedor do leilão. O valor inclui desde a manutenção das máquinas até a aquisição de matéria-prima e contratação e treinamento de pessoal. A Guerra deve estrear no mercado ainda este ano distribuindo seus produtos no último trimestre de 2021.

A produção deverá seguir a mesma forma de atuação da Rodofort, ou seja, produtos de linha, mas com espaço para customização. “Nossa engenharia tem capacidade para entregar ao cliente um produto adequado a sua necessidade específica desenvolvido a partir da linha de produtos”, explica Alves que completa: “dessa forma conseguimos atender o transportador em sua real necessidade de trabalho”.

O objetivo do grupo com a aquisição da Guerra é recolocá-la no mercado operando de forma complementar à Rodofort, com sede em Sumaré (São Paulo). A fábrica em Caxias do Sul será responsável pelos produtos pesados nas linhas basculante, tanque e granel. Já a unidade industrial em Sumaré fabricará os modelos sider, baú, porta-conteiner e florestal, todos também do segmento de Pesados.

A rede de distribuição da Rodofort deverá ser expandida. Atualmente são 18 empresas parceiras, mas com a chegada da marca Guerra o objetivo é ampliar a base. A projeção é atingir a marca de 30 representantes, entre distribuidores e pontos de assistência técnica.

As exportações, segundo o executivo da Rodofort, entraram em pauta. Com mais capacidade de produção as duas marcas vão buscar clientes no mercado externo. Os primeiros alvos são os transportadores que operam na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.

Os planos para a volta da Guerra seguem a mesma estratégia adotada com a Rodofort. “Vamos recolocar a marca no mercado de forma gradual”, diz Alves. A Rodofort foi adquirida pelo grupo em 2018 e naquele ano produziu 110 unidades. Em 2019, os negócios seguiram crescendo e o total de emplacamentos passou para 654 produtos.

No ano passado, a Rodofort encerrou o exercício entregando aos seus clientes 1.350 implementos rodoviários da linha peesada.

Para 2021 a expectativa é distribuir ao mercado interno 2.100 unidades. Já os planos para a Guerra são de fabricação de aproximadamente 250 implementos rodoviários. No total, o grupo projeta para este ano a entrega ao mercado de 2.350 implementos rodoviários das duas marcas.

Na base industrial de Caxias do Sul já estão previstas contratações, mas o volume inicial de funcionários ainda não está definido. “Teremos um processo de produção mais enxuto e eficiente para fazer a fábrica ser bastante competitiva”, garante o executivo. Ele acredita que em cinco anos poderá ter mil funcionários em Caxias do Sul. Atualmente, a Rodofort emprega 317 pessoas em Sumaré. “Quando o grupo adquiriu a Rodofort eram somente 12 funcionários”, recorda o executivo.

Agronegócio

O grupo tem sede em Cascavel (Paraná) e reúne empresas do setor do agronegócio. Sua estréia no setor de implementos rodoviários foi em 2018 com a compra da Rodofort. “Estrear no mercado com uma marca conhecida, como a Rodofort, mostrou-se uma decisão acertada”, conta Alves, acrescentando que o período de operação com a marca serviu para a o grupo acumular experiência.

Com o resultado positivo em sua atuação no segmento pesado, o grupo buscou oportunidades para expansão e o leilão da massa falida da Guerra foi a melhor opção. “Foi natural para o grupo no movimento de expandir-se no mercado buscar outra oportunidade semelhante”, explica. “Com Guerra e Rodofort vamos seguir no caminho da expansão de nossos negócios disputando o mercado com duas marcas de grande tradição”, finaliza.

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