CRESCIMENTO

Emplacamentos com alta acumulada de 16% entre janeiro a outubro

O mercado de Caminhões se mantém positivo e os emplacamentos vão seguindo a capacidade de entrega das montadoras

05/11/2021 06h05Atualizado há 2 anos
Por: Romulo Felippe

 

Com um dia útil a menos em relação ao mês anterior, outubro/2021 (20 dias) registrou baixa de -1,78% nos emplacamentos de veículos, incluindo todos os segmentos automotivos (exceto tratores e máquinas agrícolas, que não são emplacados). 

 

Os dados são da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, segundo a qual foram licenciadas 276.033 unidades no mês, contra 281.026 em setembro/2021. Na comparação com o mesmo mês de 2020, quando 332.852 veículos zero km foram comercializados, a queda de outubro/2021 chegou a -17,07%.

 

Já no acumulado, de janeiro a outubro de 2021, os emplacamentos seguem com resultados positivos, com alta de 16,15% sobre o mesmo período do ano passado, totalizando 2.863.349 unidades, contra 2.465.260 emplacadas em igual período de 2020.

 

O setor, em geral, continua sendo afetado pela crise global de abastecimento de componentes para a produção industrial. “Os emplacamentos de todos os segmentos automotivos vêm oscilando, de acordo com o fluxo de produção. A demanda se mantêm alta, por parte do consumidor, mas há segmentos em que a espera por um veículo pode levar meses, em função dos baixos estoques das Concessionárias, que não estão conseguindo ter todos os pedidos atendidos pelas fábricas, devido à falta de insumos e componentes. Esperamos pela normalização da produção, mas acreditamos que isso só ocorra em meados de 2022, na melhor das hipóteses”, esclarece Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.

 

Apesar da baixa nos emplacamentos de Comerciais Leves, a recuperação nos licenciamentos de Automóveis fez com que os segmentos, somados, registrassem crescimento em outubro sobre setembro/2021. Também o acumulado do ano, até o momento, vem se mantendo positivo, mas, além da produção, outros fatores começam a preocupar. De acordo com Assumpção Júnior, o cenário econômico pede atenção. “A recente alta nas taxas oficiais de juros e a possibilidade de novas elevações podem influenciar a decisão de compra por parte do consumidor e na oferta de crédito, que pode se tornar mais seletivo. É um cenário que estamos observando, com muita atenção”, diz.

  

A queda no segmento de caminhões, em outubro, segundo o Presidente da FENABRAVE, está mais relacionada ao menor número de dias úteis sobre setembro, e não por alterações na demanda. “. Alguns modelos, como os extrapesados, já estão com previsão de entrega para o fim do 1º semestre de 2022”, afirma. “Na média, as entregas estão sendo agendadas para um prazo de 90 a 120 dias”, finaliza.

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