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TECNOLOGIA

Daimler e Volvo unidos para produzir e comercializar sistemas de células

Montadoras alemã e sueca pretendem desenvolver, produzir e comercializar sistemas de células de combustível para veículos pesados e outras aplicações

02/05/2020 12h26Atualizado há 5 anos
Por: Romulo Felippe
Transporte sustentável e de uma Europa livre de emissões de carbono
Transporte sustentável e de uma Europa livre de emissões de carbono

Por compartilharem a visão "Green Deal" (Acordo Verde) de soluções de transporte sustentável e de uma Europa livre de emissões de carbono até 2050, duas companhias líderes da indústria de veículos comerciais – o Grupo Daimler e o Grupo Volvo – assinaram um acordo preliminar não vinculativo para a criação de uma nova joint venture. 

A intenção é desenvolver, produzir e comercializar sistemas de células de combustível para veículos pesados e outras aplicações. A Daimler consolidará todas as suas atividades atuais dessa tecnologia na joint venture. E o Grupo Volvo irá adquirir 50% desta joint venture por aproximadamente 0,6 bilhões de Euros à vista e livre de dívidas. 

 

De acordo com Martin Daum, presidente do conselho de administração da Daimler Truck AG e membro do conselho de administração da Daimler AG, o transporte e a logística mantêm o mundo em movimento e essa necessidade continuará crescendo. “Transporte verdadeiramente neutro quanto ao CO2 pode ser viabilizado com trens de força elétricos que utilizam energia proveniente de baterias ou por meio da conversão de hidrogênio em eletricidade. Para que os caminhões possam trabalhar com cargas pesadas em longas distâncias, as células de combustível são uma resposta importante e uma tecnologia na qual a Daimler já adquiriu know-how substancial nas últimas duas décadas, por meio da unidade Mercedes-Benz de células de combustível. Essa iniciativa conjunta com o Grupo Volvo é um marco de progresso para viabilizar a chegada de nossos caminhões e ônibus movidos por essa tecnologia nas estradas”, diz Daum.

 

Para Martin Lundstedt, presidente e CEO do Grupo Volvo, a eletrificação do transporte rodoviário é um elemento chave para a viabilização do chamado Green Deal, uma Europa livre de emissões de carbono e, em última análise, um mundo livre de emissões. Segundo Lundstedt, usar o hidrogênio como meio de produção de eletricidade verde para mover os caminhões elétricos nas operações de transporte de longo percurso é uma parte importante do quebra-cabeça, além de ser um complemento para os veículos elétricos movidos por baterias e por combustíveis renováveis. 

 

“Combinar o Grupo Volvo com a experiência da Daimler para acelerar o ritmo de desenvolvimento é algo muito bom, tanto para os clientes, quanto para a sociedade. Ao formar essa joint venture, demonstramos claramente que acreditamos em células de combustível de hidrogênio para veículos comerciais. Porém, para que essa visão se torne realidade, outras empresas e instituições também precisam apoiar e contribuir para esse desenvolvimento, no mínimo visando estabelecer a infraestrutura de combustível necessária”, afirma o executivo da montadora sueca.

Os grupos Volvo e Daimler serão parceiros com participação 50/50 nessa joint venture, que funcionará como entidade independente e autônoma, com as duas companhias continuando a ser concorrentes em todas as outras áreas de negócios. 

 

Juntando forças, é possível reduzir os custos de desenvolvimento para ambas e acelerar a introdução dos sistemas de células de combustível nos produtos usados para as aplicações de transporte pesado e de longa distância. Conforme as montadoras, no contexto da crise econômica atual, a colaboração se tornou ainda mais necessária, visando atingir os objetivos do "Green Deal" dentro de um prazo viável.

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