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DESDE 2008

Mais de 50 mil toneladas de resíduos gerados pela planta da Volvo no Paraná deixaram de seguir para aterro

A unidade, que é responsável pela produção dos caminhões e ônibus da marca para a América Latina, foi uma das pioneiras do Grupo no mundo a alcançar esse status

20/11/2023 09h50Atualizado há 11 meses
Por: Romulo Felippe

 

Desde 2008, mais de 50 mil toneladas de resíduos gerados pela planta da Volvo no Paraná deixaram de seguir para aterro. A unidade, que é responsável pela produção dos caminhões e ônibus da marca para a América Latina, foi uma das pioneiras do Grupo no mundo a alcançar esse status, numa prática que vem se ampliando cada vez mais na indústria. Destaque em manufatura 4.0, com modernos processos de gestão de produção, há tempos a fábrica da Volvo em Curitiba é referência também em sustentabilidade.

“Já no início dos anos 90 iniciamos a separação de resíduos orgânicos e recicláveis. Depois, o processo foi sendo aprimorado, reforçado por nossa cultura interna de respeito ao meio ambiente. Em 2008, passamos a dar destinação totalmente controlada de todos os nossos resíduos, sem enviar nada para aterros sanitários ou industriais desde então”, afirma Cyro Martins, vice-presidente de manufatura da Volvo. Circularidade Além do manejo adequado e envio para a reciclagem, nos últimos cinco anos a Volvo reduziu em 23% a geração de resíduos para cada caminhão ou ônibus fabricado em Curitiba.

“Temos uma hierarquia de resíduos e sempre priorizamos a compostagem, recuperação, reciclagem ou reutilização. Nosso foco está no conceito de circularidade. Ou seja: trabalhamos para prolongar os ciclos de vida, reutilizando o que pode ser reutilizado, reciclando nossos resíduos e reduzindo continuamente o impacto ambiental das nossas operações”, destaca Sérgio Lazarini, diretor de saúde, segurança e meio ambiente da Volvo.

Em 2022, cerca de 162 toneladas de resíduos foram reutilizadas em um processo que se chama de leilão de resíduos. Equipamentos, máquinas e até mesmo material eletrônico são destinados ao reaproveitamento de outras empresas ou doados a instituições sociais. A preferência por embalagens retornáveis é padrão na Volvo. Hoje quase todas as peças que chegam à produção são transportadas em caixas de madeira ou plástico retornáveis.

Muitas delas já operam há mais de uma década no fluxo logístico. No Centro de Distribuição de Peças, localizado em São José dos Pinhais (PR), caixas de papelão são reaproveitadas para o envio de componentes para as concessionárias da marca. Além disso, foi implementado um processo de transformação de resíduos de papelão em material para proteção das peças, criando um fluxo circular de recursos. Ao todo, no último ano mais de 51 toneladas de papelão foram reutilizadas nestes processos.  

“Entender e trabalhar na origem do resíduo é uma ação importante para reduzir sua geração ou aumentar seu reaproveitamento na cadeia. Temos maior oportunidade de influenciar o ciclo de vida dos nossos produtos na fase inicial dos projetos, olhando com a perspectiva de sustentabilidade para os materiais, processos, tecnologias e modelos de negócio desde o início”, destaca Carolina Carvalho, engenheira ambiental da Volvo.

A Volvo tem desafiado também seus fornecedores a migrar gradativamente da economia linear para a circular. Para cada novo fornecedor agregado à cadeia de suprimentos é realizada uma rígida avaliação da pegada de carbono no transporte até a fábrica (Transportation CO2 Footprint), bem como uma avaliação de risco de sustentabilidade. Esses dois fatores são cruciais para a decisão de fechar um contrato de fornecimento com a marca.

“Temos uma política ambiental em âmbito mundial, caracterizada por uma visão holística, de melhoria contínua, desenvolvimento técnico e o uso eficaz dos recursos. Ações como essas estão dentro da nossa sólida cultura de sustentabilidade, que busca soluções de transporte 100% mais seguras, 100% livres de energia de origem fóssil e 100% mais produtivas. O Aterro Zero e o conceito da economia circular estão dentro do escopo de atividades que reduzem o impacto ambiental de nossas atividades produtivas”, finaliza Cyro Martins.

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