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DADO PREOCUPA

Confiança do transportador gaúcho está baixa, diz pesquisa

Dentro de uma escala de avaliação de otimismo que vai de 0% a 100%, o índice geral foi de 46,9%. A falta de confiança abaixo da média denota pessimismo dos transportadores em relação ao cenário econômico

09/05/2023 13h33Atualizado há 1 ano
Por: Romulo Felippe

 

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) publicou o resultado do levantamento feito com 318 empresários do modo rodoviário de cargas no Rio Grande do Sul. Trata-se do Índice de Confiança do Transportador, sondagem que ouviu o segmento sobre o ambiente de negócios e a sua própria atividade. Dentro de uma escala de avaliação de otimismo que vai de 0% a 100%, o índice geral foi de 46,9%. A falta de confiança abaixo da média denota pessimismo dos transportadores em relação ao cenário econômico.

 

O Índice CNT de Confiança do Transportador é uma sondagem inédita, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), com o objetivo de acompanhar a confiança dos transportadores em relação ao cenário econômico (ambiente de negócios) e à sua atividade empresarial. Iniciamos um projeto-piloto direcionado às empresas do transporte rodoviário de cargas do Rio Grande do Sul, com o apoio da Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul). A aplicação do questionário aconteceu entre os dias 14 de março e 04 de abril de 2023.

 

Para o cálculo, os empresários foram consultados sobre como avaliam a situação atual e sobre as expectativas futuras (em seis meses) para a economia e para a própria empresa. O índice geral de 46,9% denota falta de confiança dos empresários. As expectativas em relação à economia brasileira e à própria atividade de transporte atingiram 50,94%, enquanto o índice de condições atuais totalizou 38,9% — o que mostra que o empresário está pouco otimista com as condições futuras e com uma sensação negativa em relação às condições atuais.

 

A confiança dos empresários em relação ao ambiente de negócios e às perspectivas sobre a sua atividade é determinante para a realização de investimentos e para a expansão das suas atividades. Assim, um indicador que reflita esse estado é útil para antecipar a tomada de decisão pelas empresas de transporte e prever como isso repercutirá sobre a própria economia nacional.

 

Além disso, a evolução do indicador contribuirá para as ações de defesa dos interesses do setor de transporte nos Poderes Executivo e Legislativo federal e estaduais, uma vez que a confiança é afetada pela política e pela conjuntura econômica, sendo uma maneira de avaliar como as medidas ou choques internos e externos foram ou serão recebidas pelo setor. Desse modo, a CNT aplicará a pesquisa a cada trimestre. 

 

Os respondentes podem consultar a sua resposta de forma comparativa com o resultado geral da pesquisa na área de acesso restrito que receberão pelo email cadastrado. As empresas receberão login e senha para acessar os resultados comparativos com exclusividade. 

 

A Confederação Nacional do Transporte iniciou uma sondagem inédita, a partir de um projeto-piloto com empresários do transporte rodoviário de cargas do Rio Grande do Sul. O Índice é calculado a partir das respostas a quatro questões: duas referem-se às condições atuais da empresa e da economia e outras duas são referentes às expectativas para os próximos seis meses. 

 

Além disso, é utilizada uma ponderação dessas respostas com base na representatividade do porte das empresas do Rio Grande do Sul. Essa informação foi retirada da RAIS 2021 (Relação Anual de Informações Sociais) e a classificação do porte dos estabelecimentos foi feita com base no seu número de empregados, adotada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). 

O Índice varia de 0% a 100%. Valores acima de 50% indicam confiança do empresário e, quanto mais acima de 50%, maior e mais disseminada é a confiança. Valores abaixo de 50% indicam falta de confiança do empresário e, quanto mais abaixo de 50%, maior e mais disseminada é a falta de confiança. 

Perfil da amostra: 318 empresas, sendo 222 microempresas (até 9 empregados), 58 empresas de pequeno porte (de 10 a 49 empregados), 19 de médio porte (de 50 a 99 empregados) e 19 de grande porte (100 ou mais empregados). 

 

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