TÚNEL DO TEMPO

Produção de caminhões em escala no Brasil já tem quase 70 anos

Na década de 1950, com o plano de nacionalização da produção (Plano de Metas) conduzido pelo governo de Juscelino Kubitschek, a produção em escala se iniciou

01/06/2021 15h08Atualizado há 3 anos
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O começo da história dos caminhões produzidos localmente no Brasil teve início em meados da década de 1950 com a Mercedes-Benz, Ford e Scania. O L-312 da Mercedes-Benz foi o primeiro caminhão a diesel fabricado no Brasil. Lançado em 1956, era chamado de "Torpedo" por causa do formato do cofre do motor, que lembrava um projétil.

Com capacidade para seis toneladas de carga, era considerado um caminhão médio. O motor de seis cilindros em linha e injeção direta desenvolvia 100 cavalos. Foi o primeiro caminhão fabricado no Brasil movido a diesel. Naquele tempo, isso era uma novidade, pois de cada 100 caminhões que rodavam no país, 98 usavam gasolina. Um L-312 com cinco toneladas de carga fazia mais ou menos seis quilômetros por litro.

A Ford lançaria em agosto de 1957 o F-600 com motor V8 de 4,5 litros a gasolina, com 161 cv de potência e capacidade de 6,5 toneladas. Saiu da linha de montagem da antiga fábrica da Ford no bairro do Ipiranga, com índice de nacionalização de 40%. Até então, os veículos eram montados no Brasil com peças importadas dos Estados Unidos.

O primeiro desafio do Ford F-600 nacional foi uma viagem histórica até Caruaru, em Pernambuco, enfrentando mais de 1,5 mil km de estradas, sendo 1,1 mil km não pavimentados. Mas a história da Ford no Brasil na linha de caminhões começou no início da década de 1920 com a montagem dos modelos TT.

Já a Scania teve no L-75 o primeiro modelo fabricado pela marca no Brasil pela então Scania-Vabis. Ele começou a povoar as rodovias brasileiras a partir 1959. Nos primórdios, os caminhões eram produzidos na linha de montagem da Vemag, que importava veículos Scania-Vabis desde 1951.

O motor era importado da Suécia, e cerca de 35% das peças eram nacionais. A partir de junho de 1960, com uma fábrica de motores já instalada no bairro Ipiranga, em São Paulo, a Scania-Vabis assume a produção completa dos veículos, com motor brasileiro e montagem na Vemag.

O L-75 tinha o motor D-10 de seis cilindros com 165 cv de potência. Com relação às cores, os primeiros L-75 saíram da linha de montagem na cor cinza-claro. A partir de agosto de 1960, o modelo passa a ser pintado de azul e, em abril de 1963, a cor dos caminhões passa a ser o laranja.

A cor dos modelos era padrão por um motivo simples: a linha de montagem não tinha capacidade de disponibilizar diferentes opções na época.

 

 

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